PERGUNTAS
FREQUENTES

Dificuldades para lembrar nomes de pessoas, onde foram guardadas as chaves e objetos, ou esquecer de coisas importantes, são indícios de que a pessoa está com alguma demência?

Lapsos de memória são normais e, às vezes, pode ser apenas falta de atenção. é importante observar se estes esquecimentos afetam as atividades no dia a dia. Se estiverem, é importante procurar um especialista para investigar a causa e iniciar o tratamento, quando necessário.

Falta de atenção e perda de memória são coisas diferentes?

Sim. Quando ocorre falta de atenção, a informação não chega a ser registrada. Já a perda de memória significa que o dado armazenado acabou sendo perdido.

Existe tratamento para Alzheimer?

Ainda não existe cura, mas algumas estratégias podem lentificar a progressão da doença, oferecendo melhor qualidade de vida para o paciente e menor sobrecarga para o cuidador. Intervenções não farmacológicas são eficientes e se baseiam em orientação e educação aos familiares e responsáveis, além de estimulação cognitiva para os pacientes.

É possível melhorar o funcionamento da memória?

A memória pode ser estimulada diariamente, através de técnicas como relaxamento, meditação, exercícios para a atividade cerebral (aprender uma nova língua, ler, jogar xadrez, praticar exercícios físicos, fazer palavras cruzadas, entre outros).

Qual é a prevalência da demência?

A Organização Mundial de Saúde estima que em todo o mundo existam aproximadamente 50 milhões de pessoas com demência, número que pode triplicar até 2050, atingindo mais de 150 milhões de pessoas.

Demência pode ser hereditária?

O fator hereditário é raro. Não basta ter uma característica genética, é preciso analisar como ela se expressa. O meio ambiente no qual a pessoa está inserida é importante, suas condições de saúde, se fumou, abusou de álcool, cuidou do peso, se pratica atividades físicas e intelectuais. Quando há preocupação sobre o risco de herdar demência, consulte um médico.

A demência faz parte do envelhecimento normal?

Não. Apesar de afetar pessoas mais velhas, a demência não faz parte do envelhecimento. É normal ficar mais esquecido com a idade, mas isto não significa ter demência.

O Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é frequente?

O TDAH é um transtorno do desenvolvimento que afeta aproximadamente 5% das crianças e adolescentes em todo o mundo.Os sintomas costumam diminuir com a idade, mas apenas 15% das crianças apresentam remissão completa. Na maior parte das pessoas essa evolução caracteriza o TDAH como um transtorno crônico. Em adultos , os estudos sugerem uma taxa de prevalência em torno de 2,5 a 3%.

As pessoas com Transtorno deficit de atenção e hiperatividade (TDAH) são todas iguais?

Não, muitas pesquisas têm mostrado que o TDAH é um transtorno clinicamente heterogêneo, tanto em relação aos sintomas, a gravidade, a presença de outras doenças psiquiátricas que podem ocorrer ou não (comorbidade), ao grau de comprometimento no dia a dia, e a evolução do transtorno.

Qual a causa do TDAH?

Um dos modelos propostos para a causa do TDAH é que este transtorno é causado por um conjunto de variáveis genéticas e ambientais, elas se combinam para produzir a vulnerabilidade ao TDAH. À medida que a vulnerabilidade aumenta, os sintomas se expressam e as deficiências se tornam mais prováveis. Nesse modelo multifatorial nenhum fator isolado é necessário para que o TDAH ocorra.

De que forma o TDAH pode afetar a vida da pessoa?

O TDAH pode trazer uma série de prejuízos no funcionamento tanto na infância como na vida adulta. Nas crianças podemos observar dificuldades escolares, problemas de relacionamentos, baixa autoestima, dificuldade com limites, baixa tolerância a frustração, entre outros. No adulto, da mesma forma, podemos ter o impacto dos sintomas na vida acadêmica, no desenvolvimento da vida profissional e nos relacionamentos.

Além disso, é importante lembrar o TDAH está frequentemente associado a outras doenças psiquiátricas, especialmente transtorno desafiador de oposição, transtorno de ansiedade e dificuldades de aprendizagem em crianças e transtornos por uso de substâncias, transtornos de ansiedade e humor na vida adulta.

Como se faz o diagnóstico de TDAH?

O diagnóstico de TDAH é feito clinicamente, com base em critérios diagnósticos, avalia-se a presença dos sintomas tanto na infância como na vida adulta. Os sintomas devem ocorrer de forma persisitente e frequente, assim como se manifestarem em diferentes áreas da vida da pessoa. As principais características do transtorno são sintomas de desatenção, hiperatividade, e impulsividade, que podem ser obseervados no dia a dia de diversas formas como por exemplo, cometer erros frequentemente, dificuldade de concentração e organização nas tarefas, parece não ouvir, não seguir instruções e não concluir tarefas, muitas vezes evita, não gosta ou reluta em se envolver em tarefas prolongadas que exigem esforço mental. Dificuldade em esperar sua vez, inquietude, não consegue ficar em silêncio ou sentado por muito tempo, entre outras. É importante lembrar que não é necessário ter todos os sintomas para o diagnóstico.

Quais sintomas são característicos do TDAH?

Sintomas desatenção:
Muitas vezes não dá muita atenção aos detalhes ou comete erros descuidados.
Muitas vezes tem dificuldade em manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas.
Muitas vezes não parece ouvir quando falado diretamente.
Frequentemente, não segue instruções e não conclui tarefas.
Muitas vezes tem dificuldade em organizar tarefas e atividades.
Muitas vezes evita, não gosta ou reluta em se envolver em tarefas que exigem
esforço mental.
Frequentemente perde as coisas necessárias para tarefas ou atividades.
Muitas vezes é facilmente distraído por estímulos estranhos.
Muitas vezes é esquecido nas atividades diárias.

Sintomas de hiperatividade/impulsividade:
Freqüentemente agita ou bate nas mãos ou pés ou se contorce no assento.
Freqüentemente deixa o assento em situações em que permanecer sentado é esperado.
Muitas vezes corre ou sobe em situações em que é inadequado. (Nota: em
adolescentes ou adultos, pode estar limitado a sentir-se inquieto.)
Freqüentemente incapaz de brincar ou se envolver em atividades de lazer em silêncio.
Muitas vezes é "em movimento", agindo como se "impulsionado por um motor".
Muitas vezes fala excessivamente.
Muitas vezes deixa escapar uma resposta antes de uma pergunta ser completada.
Muitas vezes tem dificuldade em esperar o seu turno.
Muitas vezes interrompe ou se intromete nos outros.

Os sintomas do TDAH mudam na vida adulta?

Os principais sintomas do TDAH podem ter uma apresentação diferente na idade adulta. A hiperatividade em adultos, muitas vezes se manifesta como inquietude, agitação interior, não parar de pensar, estar sempre fazendo algo, dificuldade de relaxar ou se manter em atividades mais monótonas, conversa excessiva. Não é incomum na idade adulta que problemas de atenção e impulsividade sejam mais proeminente que hiperatividade. Comportamento impulsivo pode se manifestar como agir sem pensar, gastar muito dinheiro, realizar planos imediatamente, começar e terminar relacionamentos rapidamente, dificuldade de postergar a gratificação das necessidades. Esses comportamentos geralmente têm consequências nos relacionamentos, no trabalho, na situação financeira, na vida em geral, o que vai variar dependendo do momento e das demandas.

Quem tem TDAH consegue se concentrar em algumas coisas?

Sim, principalmente em duas situações, quando há interesse e motivação pela ativdade ou quando existe uma exigência ou prazo externo que obriga a realização de determinada tarefa. No TDAH, há também uma forma de superconcentração ou "hiperfoco". Esse fenômeno ocorre sobretudo durante atividades que o paciente considera muito interessante, podendo se concentrar por horas a fio de uma maneira muito focada, sem interrupção. Isso acontece porque no TDAH o problema é a dificuldade em empregar sua capacidade de concentração no momento em que é necessário.

É comum que o TDAH esteja associado a outros transtornos?

O TDAH está frequentemente associado a outros transtornos psiquiátricos (70-80% dos indivíduos afetados têm pelo menos um outro transtorno). O perfil de comorbidades varia ao longo do ciclo de vida. Em crianças, algumas das comorbidades são transtornos desafiadores de oposição (ODD), distúrbios de aprendizagem, distúrbios de coordenação motora do desenvolvimento, distúrbios de linguagem, deficiências intelectuais, distúrbios do sono, depressão e ansiedade. No adulto algumas das associações mais frequentes são com transtorno de humor, ansiedade e dependência química.